Uma homenagem à Vivien Leigh

quarta-feira, 6 de março de 2013

That Hamilton Woman, 1941



THAT HAMILTON WOMAN é um filme de 1941, produzido e dirigido por Alexander Korda. Se tornou a película favorita de Sir. Winston Churchill e conta a história de amor de Emma - Lady Hamilton e Lord Nelson, o comandante vencedor de várias batalhas em alto mar durante a guerra napoleônica.
Emma foi mulher fundamental na vida de todos os homens que defenderam a Inglaterra nesta época. Moderna para seu tempo, foi companheira de Lord Nelson até bem mais do que sua própria esposa, Lady Frances Nelson(Gladys Cooper), que o esperava sempre em casa. A paixão que ela tinha a fazia seguir com ele para qualquer lugar que fosse, porém algumas vezes o romance escandaloso os impedia de encontros, já que ambos eram casados. 
Esta foi a terceira parceria de Vivien Leigh e Laurence Olivier no cinema: antes já haviam atuado juntos em 21 DAYS e FOGO SOBRE A INGLATERRA(onde o amor entre os dois aflorou). Num intervalo entre GONE WITH THE WIND e THAT HAMILTON WOMAN, Vivien tentou ser parceira de Larry em O MORRO DOS VENTOS UIVANTES(1939) e REBECCA(1940), mas ambos os testes que fez não foram aprovados. Os papéis foram para Merle Oberon e Joan Fontaine, respectivamente. A insistência de Vivien em trabalhar com Olivier demonstrava sua intensa vontade de estar com ele, nas telas e nos palcos. Não conseguia e não queria ficar longe do marido. Antes de tudo, Vivien era verdadeira admiradora do ator e queria fazer parte de sua vida, dos momentos mais bonitos da brilhante carreira de Larry. Tinha a vontade maior que ela própria de partilhar do talento daquele homem no palco, no cinema, ensaiar com ele nos intervalos, respirar Olivier dia e noite. Ele era seu ídolo e amante. Companheiro no trabalho e na vida pessoal.
De certa forma, a história de Nelson e Lady Hamilton tem muito a ver com a do casal que os interpretou. Assim como os heroicos do período de Napoleão, Larry e Vivien também nutriam forte paixão um pelo outro, que começou quando ambos ainda tinham seus respectivos cônjuges - Jill Esmond e Leigh Hollman.
A música do genial Miklós Rózsa nos leva a passear por Nápoles e pela Inglaterra de 1800 e complementa o resultado final deste filme: uma obra de arte cheia de romance, batalhas(em especial a de Trafalgar), heróis e a triste realidade de Lady Hamilton. Um mosaico de sofrimentos e paixões de uma cortesã e sua vontade incessante de viver o grande amor. Tudo muito bem desenhado por Vivien Leigh, no que traz ao público uma das melhores performances de sua carreira nas telas. Sua atuação na abertura, como Emma já envelhecida e acabada pela pobreza é comovente. Trata-se da sequência em que é presa depois de tentar roubar uma garrafa de bebida e piora a situação ao agradir os policiais. Junto com uma colega de cela, Emma começa a contar sua história. Pede um espelho e constata o quanto mudou o rosto que conquistou Nápoles e Lord Nelson.
Alexander Korda vem na figura de um pai salvador para o casal Olivier. Em plena 2ª Guerra Mundial, a situação financeira dos dois começava a pesar. O pequeno Tarquin, com apenas 3 anos de idade, adoecera gravemente e Suzanne também não estava a salvo na Inglaterra. Eles desejavam levar os filhos para Os Estados Unidos, assim como outros parentes próximos, como Gertude, mãe de Vivien. Mas...faltava o dinheiro. Havia ainda no contrato de Vivien o resquício de 3 filmes que ela era obrigada a fazer. Forçosamente, aceitou. Não estava muito confiante que este trabalho seria um sucesso, porém Korda radiava de felicidade.
Apesar das dificuldades, finalmente Leigh e Larry se casaram naquele ano de 1941, em 31 de agosto.



sexta-feira, 27 de abril de 2012

THE MASK OF VIRTUE

Eis o outro figurino da peça THE MASK OF VIRTUE, que estreou em 15 de maio de 1935, no West End. No mesmo periodo, foi oferecido a Vivien um contrato com Alexander Korda. A partir deste momento, ela passara a fazer parte da nata do cinema britânico. Vivien disse, anos depois, que o grande sucesso que ela teve em THE MASK OF VIRTUE deveu-se aos figurinos impecáveis que recebeu. Será modéstia? Ou uma visão da realidade, já que era novata nos palcos?

E assim, depois da noite da estreia, os jornais começaram a publicar coisas como: "Nova estrela conquista toda Londres", "Triunfo de jovem atriz", "Atriz é uma descoberta". O Daily Mail publicou: "Nova estrela de 19 anos" e continuou..."Uma nova estrela britânica...pousou sob o palco londrino noite passada tão repentina e espetacular que deixou os espectadores brindando diante de encantadora surpresa...Em um difícil figurino de protagonista, sua excepcional beleza e atuação segura contagiou o público experiente, e um perguntava ao outro quem era aquela atriz desconhecida".

domingo, 22 de abril de 2012

Trabalho intenso

Vivien Leigh em THE MASK OF VIRTUE, 1935.
Segundo os críticos de teatro da época, Vivien tinha muita beleza e inteligência, mas o som de sua voz era fraco e se ela quisesse realmente se tornar uma atriz, teria que trabalhar muito. Naquela época, ela não conseguia preencher um teatro com a voz. Antes de THE MASK OF VIRTUE, Vivien estreou em THE GREEN SASH, um romance que se passa em Florença.
Além das duas peças, 1935 foi o ano em que Vivien estreou em 4 filmes. Seja em pequenas participações ou a protagonista de um filme hoje esquecido, são eles: THINGS ARE LOOKING UP, THE VILLAGE
SQUIRE, GENTLEMEN'S AGREEMENT e LOOK UP AND LAUGH. Foi durante as filmagens destes trabalhos que ela começou a se interessar cada vez mais em se estabilizar como atriz. Quando Holman chegava em casa,Vivien já estava dormindo. Filmando todos os dias da semana, era impossível se concentrar no papel de rainha do lar, uma coisa a qual ela não dava muita importância mesmo. Elétrica, a jovem que adorava festas e jantares já não aguentava mais viver em casa o dia todo e logo o casamento se tornou uma união de amigos, já que o marido, apesar de não encorajar Viven a seguir uma carreira artística, também não colocava barreiras. Era um bom homem, e mesmo depois de divorciados a amizade permaneceu e ela trocou cartas com Leigh por muitos anos. Além de ter se tornado seu confidente, ele ainda dera permissão para Vivien seguir com seu sobrenome. Depois do parto de Suzanne, em 12 de outubro de 1933, Vivien colocou em seu diário, à lápiz: "Tive um bebê - uma menina".

sábado, 21 de abril de 2012

O início...

Nesta foto, quase irreconhecível, Vivian(ainda sem o "E") dando seus primeiros passos rumo ao teatro e ao cinema. Nesta época, entediada com o casamento com Leigh Holmann, a bela moça resolve encarar sua difícil escolha de frente: o marido quase não a via em casa, por causa dos ensaios da esposa. Vivian também quase não acompanhava os primeiros meses de sua filha, Suzanne. Em 1935, dois anos depois do nascimento do fruto da união com o marido(em 12 de outubro), Vivian Leigh se transformava em sensação da noite para o dia com a peça "The Mask of Virtue", já rebatizada como Vivien.

domingo, 15 de abril de 2012

Oh, Ashley...(parte II)



Oh, Ashley...


Apresentando...uma bela dama.

O rosto de feições quase infantis já se apresenta com linhas de expressão. Embora o tempo tenha se apresentado, a esta dama não abateu ainda, pois tem a mesma beleza e o mesmo sorriso que encantou o mundo inteiro, desde a première de "...Gone With The Wind", em 1939. A estas linhas em volta de seus olhos e duas discretas expressões na testa podem ser atribuídas várias coisas: as dezenas e dezenas de personagens de filmes e palco, como as marcas de uma grande atriz; ao extremo sofrimento de seu estado físico e mental ou ao grande amor que tinha pelas coisas bonitas, rosas, gatos, Olivier... Mas como não se encantar com o sorriso, que transformava seu rosto com a aparência de um lindo gato? Os olhos esverdeados sorrindo intensamente fazia da harmonia com os lábios a mais inocente felicidade. Não importa qual seja a resposta, há de certo que a dona destas linhas passou por muitas coisas na vida, boas e ruins. E é com um imenso prazer que passo esta ideia adiante: nem sempre este blog terá textos grandes ou médios, como o Tela Prateada. Ele está livre para homenagear esta intensa atriz de várias formas: como fotoblog ou um blog, pois sempre haverá vontade, por parte da editora, de escrever sobre esta divina criatura que passou por nós: Miss Vivien Leigh.
Sejam bem-vindos!
Daniele Moura.